Escolhi Luísa Maita como ponto de partida, cantarolando "Um vento bom" pra gente dançar!
Nas entrelinhas das quais Ela descreve, sinto que ficam sobre nós (todos nós) o cheiro do que passou.
Poucas ou dezenas de palavras cruzadas, traçadas (des)pretensiosamente com um desconhecido, fazem/fizeram toda a diferença!
Tenho certeza de que meu choro, fez-se nela, dela... daquela pessoa.
Assim como o seu lamento, fez-se meu, todo e inteiramente seu!
A gente troca versos, canções, dores e rancores.
A gente até se arrisca e fala de 'amores'. Risca, risca, risca...
Não é amizade, é conforto em poder conversar.
Acariciar o ego de quem sofre, sem se conhecer, sem se ver, porque assim talvez seja mais sincero!
Quando não se vê, se sente! Quando se sente, pouco pode se ver. O coração não deixa, fica cego!
Lamento toda a nossa dor, desvairada e repleta de devaneios!
"Deus, faça passar!"
E quando isso tudo passar, a gente ainda vai estar por aqui, arriscando, riscando, riscando...
E se acaso não passar, deixa estar! Era pra ser, pra durar...
Kim Walachai
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