A obra independe do seu criador.

A obra contradiz o criador, dominando seu ego, seu instinto e incondicionalmente seu medo.
Quem cria, esquece que foi criado. Sugere algo a ser reinventado, almejando o mal necessário chamado, reconhecimento.
Inicia-se então o processo de restauração visual. Onde se aprimora o que já se reconhece, porém torna-se primordial a aplicação de novas ideias subjetivas, sustentadas com argumentos fundamentalistas e de cunho social. Essa transição se dá, após teorias não definidas, e/ou situações conflituosas de perdas com grandes proporções. 

Pensava Eu que precisava de tempo. Erroneamente, o tempo veio, se fez e se desfez, foi embora e Eu fiquei. 

Acreditei em chance, destino ou o nome que tiver de ser. Perdi, não tenho e estou aqui.
Conhecimento é o que me resta e recebo com bom grado. Tamanha alegria e prazer por poder deslumbrar momentos, lugares, histórias e principalmente, pessoas. Desejar receptividade ao estar! Crer sem se ver, simplesmente pelo fato de tocar, sentir, amar...
Faz-se com ou sem sentido, mas que se faça, e que seja e esteja, em ou algum lugar!
Verbalmente tateando o pensamento, a ideia, o ato. Magicamente falando, observando, desejando. Ah, eis os verbos latejando o meu vocabulário incorreto.
Tenho massageado minhas lembranças, menos o meu ego. Dele cuido pouco, mas não me esqueço! Não quero voltar a ser soberba. Talvez apenas, manter a persuasão. Antes humilde, do que covarde e intolerante, inflexível, etc...
Hoje por exemplo, senti falta das histórias que criei e das personagens que vivi. Recordei-me também, das mentiras que li, contadas por quem desejei num momento bonito da vida. Onde apenas se era, não como agora, momento em que tudo se espera.
Coisa linda é viver!
Olha que curioso! Meu violão cansou de violar! Ficou mudo, paralisado, bem ali naquele canto. Ao lado dos sonhos e da imaginação, porém, diferentemente de algum tempo atrás, não almeja novas cantigas, nem orações. Será que agora ele dorme?
Dorme e dorme!

Kim Walachai

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